Acabei de fundar o MSC — Movimento das Sem Calcinha" Mais uma vez eu fiquei sem calcinha… e com um Pix

 

Era uma manhã fria em São Paulo, dessas que pedem silêncio, lençóis e pele quente. Eu ia atender Rogério, um homem de sorriso contido, mãos grandes e um perfume amadeirado que anunciava sua chegada antes mesmo de bater na porta.

Ele me cumprimentou com um beijo no rosto. O olhar dele me examinou com cuidado, como se já me conhecesse de outros sonhos.

Disse que me seguia há meses, que se preparou muito pra aquele momento.

E que tinha escolhido justamente a mim para uma experiência inesquecível.

— Você usa essa calcinha só pra ocasiões especiais? — ele perguntou, depois de me observar de cima a baixo.

Era uma peça de renda preta, justa, quase uma tatuagem no meu corpo. Um convite silencioso ao pecado.

— Sim. — respondi. — Essa é minha favorita. Me faz sentir poderosa, indomável. É como um feitiço…

Ele ficou em silêncio por um segundo. Respirou fundo. E então disse, direto:

— Eu quero ela. Agora. Quero levar com seu cheiro. Com sua energia. Com tudo que você é.

Por um instante, achei que ele estava brincando. Mas não. Rogério estava sério. Seus olhos não desviavam dos meus.

— Você quer a minha calcinha? — perguntei, com um sorriso curioso.

— Quero. Quero guardar essa noite comigo. Quero dormir com você na memória e no corpo. Mesmo longe, sentir o seu cheiro, o seu toque…

Foi ali que entendi: ele não queria só uma lembrança. Ele queria uma âncora no tempo.

Durante a massagem, eu senti o desejo crescendo no ar. Minhas mãos percorriam seu corpo como se esculpissem segredos. A cada toque, ele suspirava como quem se entrega. E a calcinha... seguia ali, abraçada em mim, testemunha da nossa conexão.

No final, ele me olhou como quem suplica, mas com respeito:

— Kali… por favor. Me deixa levar esse pedacinho de você.

Eu fechei os olhos, respirei fundo, e tomei a decisão. Aquela calcinha preta, com o aroma da minha pele, do meu perfume, e da noite que vivemos, seria dele.

Rogério sorriu como quem acaba de realizar um desejo antigo. E fez o Pix.

R$700

Sem pechincha.

Sem perguntas.

Só entrega.

Coloquei a peça em um saquinho de seda, dei um beijo suave no seu pescoço e sussurrei no ouvido:

— Agora você leva um segredo entre seus dedos. Mas lembre-se: é só seu. E do destino.

Ele foi embora com a peça nas mãos e uma expressão de menino travesso.

Talvez a namorada nunca saiba.

Mas ele...

Ah, ele nunca mais vai esquecer o cheiro da minha pele.

O calor das minhas mãos.

A sensação da minha presença marcada em cada detalhe.

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